3 de fevereiro de 2014

Um mês sem doces



Não sei dizer o quanto o Zen Habits influenciou minha vida durante esses anos todos em que o leio (parei pra pensar e já fazem uns 5 anos, como assim?). Várias coisas de lá vem em momentos muito pertinentes pra mim. 

Uma dessas coisas foi o A Year of Living Without, que o autor ainda está fazendo, por sinal. A cada mês ele substitui um hábito por outro (ou outros) que ele considera melhor(es) que o antigo. Simples, porém muito desafiador.

Como eu vivo de ousadia e alegria nesses tempos, humildemente resolvi que ia fazer a mesma coisa (num nível um pouco mais leve que o dele). Confesso que a ideia já tinha passado pela minha cabeça antes, em janeiro do ano passado, mas aí a coragem ficou escondida e eu deixei pra lá (ano passado eu estava começando esse blog, o que já foi um passo enorme). Agora, estamos aqui.

Como diz o título, janeiro foi o mês sem doces. No lugar: mais vegetais, frutas e mais atenção na hora de comer. O Andre fez junto comigo, então decidimos algumas regras juntos: doces de frutas, como goiabada, estavam permitidos e um ou dois dias poderiam ser liberados para comer doces normais (porque sabemos a dificuldade de resistir a uma festa de aniversário).

E o que aconteceu (da minha parte):

Realmente consegui cumprir minhas regras, isso foi muito bom, aeee. Mas os dias livres passaram um pouco do estabelecido. Eu me considero viciada em açúcar, de verdade, e foi muito gratificante perceber que mesmo assim isso não me domina, só se eu quiser.

As vezes em que eu me liberei foram muito pontuais: um pedaço de brownie em uma festa, brigadeiro no aniversário do Andre, o tal pedaço de bolo em outra festa, biscoito recheado na casa de um amigo onde não tinha mais nada pra comer.

Eu percebi que não é um desvio que estraga tudo, e que os outros dias passaram-se muito bem, muitos deles sem nem sentir falta do açúcar processado que vicia e não me traz felicidade nem saúde reais. Consegui comer mais frutas e outras tipos de comida nas horas em que eu geralmente comeria um biscoito, e aprendi a apreciar várias coisas que eu nunca liguei muito (ameixa, uva, sorvete de banana que é surrealmente bom).

Estar em eventos ou na casa de outras pessoas torna tudo mais difícil, porque nos outros dias onde eu tive a possibilidade de escolher o que eu ia comprar e comer, nenhuma tentação apareceu na minha mente. TPM realmente mexe com a minha cabeça, mas eu consegui resistir aos pensamentos sobre chocolate durante ela. E além desses fatores, percebi o que mais me afeta na hora de tomar essas decisões: minhas emoções.

O mais importante desse mês todo foi me dar a chance de realmente sentir o incômodo de perder as minhas comidas de conforto favoritas. Eu como doces por nervosismo, ansiedade, estresse, tristeza, as vezes até alegria. Associo o prazer da comida com recompensas que eu mereço por passar por situações desagradáveis. Mas é uma recompensa ingrata, pois não me traz nada de bom a longo prazo. E pior ainda é essa necessidade de ficar me recompensando, ao invés de aprender a aceitar melhor o agora. 

Mais uma vez mencionando o Zen Habits, acho que aprender a se sentir confortável com o nosso desconforto é uma lição muito valiosa, que eu ainda estou nos primeiros passos. Não é desistir de doces que me tiraria a felicidade como eu imaginava, e sim ignorar minhas reais necessidades. Quando eu estou presente faço escolhas melhores. 

Quero continuar escolhendo melhor o que e quando eu decido comer, e isso está longe de significar que de vez em quando eu não vou poder celebrar essas mesmas escolhas, quem sabe, com um bom brigadeiro (ainda tenho que tentar a versão vegana). 

Vamos ver o próximo mês :)

5 comentários:

  1. e eu aqui, falhando miseravelmente :~

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  2. Acho que estou quase uns 3 meses sem comer excessivamente comida industrializada. Leio o rótulo de tudo agora para saber se está cheio de corantes artificiais, etc.Trocar doces pelas frutas é ótimo! Eu to fazendo uma reeducação alimentar (porque estava foda uhauhauhhua) e a nutricionista falou que pode-se substituir o chocolate por Alfarroba! É tipo uma vagem que parece chocolate e tem gosto de chocolate! é muito bom! E depois de um tempo comendo melhor você nem sente tanta falta daquelas tentações industrializadas. Eu por exemplo não tomo mais suco de caixinha. Eu tomava muitooo, adorava aqueles ADES, Del Vale, etc. Agora prefiro fazer eu mesma fazer um suco, ou tomar suco de uva integral e água de coco. Claro que quando só tem tentação na sua frente não precisa se desesperar hahahahaha se no dia a dia tá tudo linds, errar as vezes não vai fazer tanto mal assim. Adorei o post :) e esse sorvete de banana hein! <3 sonhando

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    1. Dá até uma tristeza ler rótulo, praticamente TUDO tá lotado de coisas desnecessárias :(

      Ahhh eu comia alfarroba de vez em quando pq vendia perto do meu trabalho, é muito bom mesmo *-* e pois é, quanto menos vc come, menos falta vc acaba sentindo. E os sucos também to deixando pra hora em que eu quero uma besteirinha hahaha. E own, obrigada :D
      MAS O SORVETE DE BANANA <3 VC TEM QUE FAZER
      é muito bom <3

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