Um mês sem desculpas para não nadar

Fevereiro foi o mês sem desculpas para não nadar, já que eu tinha o hábito de faltar muitas vezes por motivos que não eram realmente importantes, como sono (por ter dormido pouco) ou simples preguiça (hello, autossabotagem).

Meu compromisso era ir, no mínimo, 3 vezes por semana. Na primeira semana fui em 4 dias, o que eu faltei, foi por ter acordado tarde (mais reflexões depois), mas compensei depois indo caminhar. Nas outras, fui de segunda a sexta, sem faltar nenhum dia. 

Antes que pensem que foi fácil: achei que eu nunca ia conseguir, já que eu sempre tive a vontade de transformar a natação em um hábito frequente, porém nunca tinha me comprometido de verdade. Também achei que eu ia ficar muito cansada e que era um exagero ir todos os dias: não fiquei e, pelo contrário, se eu pudesse nadaria nos finais de semana também. Resumindo, eu achei que ia falhar miseravelmente.

Mas não falhei. Eu precisei, realmente, fazer alguns ajustes na minha rotina e nos meus pensamentos.

Acordar cedo era uma missão quase impossível. Mas não porque eu não gosto de acordar cedo, e sim porque eu dormia muito tarde. Ok, foi o momento de desligar o computador um pouco mais cedo e me esforçar pra ter, no mínimo, uma hora a mais de sono. Essa pequena mudança fez a diferença que faltava. Acho que eu posso dormir ainda mais cedo, mas pelo menos agora consigo levantar e não desligar o despertador e voltar a dormir como eu fazia.

Sobre a preguiça, já falei no post do mês passado que eu gosto de compensar dias ou sentimentos ruins exagerando em coisas que não são as melhores escolhas: doces, dormir, internet. Sempre que eu acordava desanimada, pensava "Ah, eu mereço ficar aqui e dormir mais". Pra superar esse sentimento, o que mais me ajudou foi lembrar todo dia do porquê que eu comecei esse projeto. De onde eu estava vindo e para onde eu queria ir. Lembrando do motivo pelo qual eu tinha começado, ficava mais fácil seguir em frente. O problema não é sentir preguiça, e sim não se perguntar se vale a pena ouvi-la.

E quanto aos meus progressos na piscina, eu realmente não sei se houve. Algumas coisas continuam tão difíceis quanto há quase um ano. Ainda me acho muito lenta. Ainda tenho que parar por mais de 30 segundos pra poder continuar determinadas séries. Ainda tento melhorar a cada chegada. Mas seria sem graça se eu não pudesse superar meus próprios limites, né? :)

O sentimento de realização é inefável. O bem estar que esse hábito me traz também. A água é um dos lugares que eu chamo de casa, e passar por ela todos os dias me deixa mais concentrada, mais presente e renovada para encarar o chão duro do mundo externo.