30 de setembro de 2014
Um mês sem álcool
Estou bem longe da boemia dos meus 18, 19 anos, mas nos finais de semana sempre gostei de beber um pouquinho. De uns anos pra cá, passei a beber menos para ficar bêbada, e bem mais pelo sabor das bebidas (no caso, das cervejas). Isso é bom, beber é bom, e claro que eu gosto de como o álcool torna as coisas mais leves.
Mas é justamente por esse poder alterador da realidade que eu prefiro, muitas vezes, me manter à distância. Me perguntar: "e aí, será que dá um mês sem fugir?"
Dá. Mais fácil do que eu imaginaria. E mais agradável. Conforme os anos passam, minhas ressacas se tornam piores e o dia seguinte é quase todo feito de amargura. Aturar pessoas babacas, lugares entediantes ou minha própria chatice sem fugir é difícil, mas é melhor do que acordar com dores excruciantes e o eterno "por que, senhor, por que eu bebi?"
O que eu não consegui foi resistir a dois goles: de duas cervejarias artesanais aqui do Rio, uma que eu sempre quis provar e não gostei, e outra que eu não conhecia e adorei. E com essa história, meu potencial para tia velha de bar evoluiu para: velhinha fofa que toma chopp de vez em quando.
Esse foi mais um mês me mostrando que a solução é ser comedida, e não extrema.
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