26 de novembro de 2013

Meu Primeiro Cartão de Visitas


Aí em cima está o que eu considero meu primeiro - e involuntário - experimento com design.

Eu tinha 6 anos, até onde eu me lembro, não mais. Tinha acabado de descobrir que existia uma máquina que copiava e imprimia o que você quisesse várias vezes (a mágica da Xerox) e aparentemente vi nisso uma oportunidade para alavancar meus projetos pessoais e importantíssimos.

Inspirada pelas possibilidades novas que se abriam diante de mim, eu inventei o tal "Almanaque das Peruas". Explicando: o "Almanaque" vinha dos Almanaques da Turma da Mônica, que eu por algum motivo achava que eram algum tipo de clube onde as pessoas se reuniam para fazer coisas (vide o "Se você qui(e)zer falar con algen ou alguma coisa ligue para a T-(ássia) [sic]"). "Das Peruas" porque no meu colégio, nessa época, a moda entre as meninas era se vestir o mais perua possível. Ser perua para nós era o oposto de ser brega. Era tudo que havia de mais cool e fashion em 1996. Basicamente, isso significava que durante alguns recreios a gente abria o baú de fantasias da escola e ficava passeando com óculos escuros, boás e colares de pérolas.

Assim surgiu o tal Almanaque das Peruas, para você que queria conversar com alguém ou sobre alguma coisa. Era só ligar para o meu telefone (que era realmente o da minha casa). Fiz um desenho que simbolizava como eu queria que fosse o clube (pois é, eu não morava numa casinha charmosa com lagos e patos, infelizmente), coloquei as informações de contato. E parti para a cópia e impressão com ajuda do meu pai, na impressora do trabalho dele. O resultado final acabou cortando um pedacinho do texto, mas eu achei tão legal, mas tão tão legal, que guardei uma das folhas impressas só pra mim.

Se eu cheguei a distribuir os cartões ou não é um fato que permanece em dúvida na minha mente. Acho que não, porque eu não me lembro de ter conversas elaboradas com ninguém ao telefone nessa época, o que é uma pena. Mas o processo de criação e experimentação desse trabalho é algo que fica em mim até hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário